Definir uma pessoa através de suas
características. Mostrar como ela pensa, no que acredita e quais são as suas
predileções. Descobrir o que a faz sair do sério, o que gosta de comer e qual
livro está lendo. Saber um pouco de sua vida, lembrar de bons momentos e contar
muitas histórias. Tudo isso é ingrediente e deve fazer parte de um perfil
jornalístico. Em abril, o blogue Desde
que eu me entendo por gente estreia a série especial Perfis do Desde, cujo
principal objetivo é o de revelar, através de textos, a personalidade e peculiaridades
de algumas pessoas.
![]() |
Imagem copiada do site www.casasbahia.com.br. |
O livro Perfis e como escrevê-los, de Sergio Vilas-Boas, lançado em 2003
pela Summus Editorial, é uma boa referência para quem quer se enveredar no
gênero. No 1º parágrafo do capítulo 1, Feições de um perfil jornalístico, Sergio esclarece: “Diferentemente das biografias em livro, em que os autores têm
de enfrentar os pormenores da história do biografado, os perfis podem focalizar
apenas alguns momentos da vida da pessoa. É uma narrativa curta tanto na
extensão (tamanho do texto) quanto no tempo de validade de algumas informações
e interpretações do repórter”, p. 13.
Como se vê, o perfil é um
gênero jornalístico em que não há tanta rigidez na estrutura textual. Ele dá
liberdade ao autor. A inspiração para escrevê-lo é a única regra exigida.
Obviamente que, nem precisaria citar, a pesquisa sobre o personagem do perfil deve
fazer parte de todo o processo de construção do texto. A pesquisa é (ou deveria
ser) a base de toda e qualquer prática jornalística. E, como mais uma vez
Sergio alerta, “o retrato da pessoa precisa ser construído de modo que as
questões interessem tanto ao leitor quanto ao próprio personagem em foco”, p. 20-21.
O desafio está lançado! Um Desde totalmente reformulado, mais dinâmico
e atraente está prestes a chegar. Na série Perfis do Desde, artistas,
educadores e esportistas vão mostrar como são e por que são. Desde sempre!
0 Comentários