Viver sustentando aparências é muito estranho.
Quem é sincero, é tachado de polêmico. A sociedade molda as pessoas e elas
participam de um acordo tácito difícil de ser desfeito. Você não pode ser você.
Você tem quer ser aquilo que os outros querem que você seja. É mais bonitinho.
É menos chato. E funciona. Então, tá.
As máscaras sociais fazem parte da vida
de todo mundo. Isso é fato! Ninguém se mostra como é de verdade. No universo
das conveniências, é mais interessante mostrar sempre o lado bonzinho, o bacaninha.
Mas por trás de qualquer capa doce, existem também sabores amargos e azedos.
Ninguém é só bondade. Isso tem que ser esclarecido.
O sorriso constante não invalida a
crítica consciente. Isso não tem nada a ver com “querer ser polêmico por ser”.
É, apenas, uma característica humana, no sentido mais amplo da palavra. Não dá
para achar que tudo está bom, que é isso mesmo e não muda nada. Será que nada
te inquieta? Nada te revolta? É melhor mesmo ficar no confortável estado de
passividade? Como você contribui para que o mundo seja melhor?
É muito contraditório falar de consciência
ambiental e, por exemplo, lavar a calçada com a mangueira jorrando água. Bem
como, acusar o político de corrupto e pensar em manobras para não pagar certos
impostos. Não dá para ficar só no discurso. Isso é coisa do passado.
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